Quando um determinado grupo de pessoas defende sua proteção específica, apartada dos demais cidadãos, criam-se diferenças e abismos sociais até então inexistentes. Talvez isso seja o correto: já que é impossível conviver, viver junto, vamos criar barreiras ideológicas imaginárias e intransponíveis.
Pelo menos ninguém se fere.
Tenho, contudo, um defeito imenso: sou doentiamente otimista com o ser humano. Acho que o Estado mais atrapalha do que colabora com o desenvolvimento das sociedades e com a pacificação e tolerância cívica entre agrupamentos de pessoas com ideologias, comportamentos e tendências divergentes.
Portanto, proteger em específico os homossexuais com legislação própria é criar uma diferenciação desnecessária – o que já falei nessas linhas. É criar uma casta onde não há divisão entre castas.
Já se concluiu, bem ou mal, que homossexualismo não é doença, e ainda que fosse não tornaria o paciente diferente das demais pessoas. Se é tendência, e essa definição é uma quase unanimidade, então é gosto, depende da vontade humana e do desejo, o que também não torna o homossexual diferente de quem quer que seja. Pensar de outro modo seria também criar nichos para drogaditos, amantes de chocolate, fãs de esportes radicais, etc… Enfim, todas tendências e preferências que não tornam seus protagonistas melhores ou piores, ou diferentes, de outras pessoas. Não os torna vulneráveis, e por isso não precisam de proteção especial da lei, do Congresso Nacional ou do STF.